sábado, 13 de novembro de 2010

Pedra de Santo Antônio




Fagundes, um pequeno município do Compartimento da Borborema, situado a 120 Km de João Pessoa, comemora largamente as homenagens de milhares de brasileiros a Santo Antônio. Em meio a um cenário repleto de trilhas ecológicas e monumentos naturais o recanto atrai, além de turistas aventureiros, milhares de fiéis que visitam o lugar para agradecer as graças alcançadas em devoção ao "santo casamenteiro".
Além das belezas naturais, a região transformou-se num dos mais disputados pontos de peregrinação religiosa do Nordeste, e tudo por causa da Pedra de Santo Antônio. A peregrinação tem início quando os devotos sobem a serra a pé por quase dois quilômetros para obter curas de enfermidades, fazer pedidos e retribuir graças concretizadas.
Em Fagundes e pelas redondezas existe a crença de que, homem ou mulher solteiro que passar por baixo da Pedra de Santo Antônio acaba casando. Os exemplos locais são incontáveis. O segredo não é apenas passar por baixo do lajedo. Os pretendentes a casamentos devem também ouvir o terço violado, uma das atrações da Pedra de Santo Antônio, apresentado por violeiros de renome. Toda esta lenda em torno da pedra iniciou há mais de 100 anos. Conta-se que três caçadores - um senhor de terras e dois escravos - perambulavam pelas serras que cercam Fagundes, quando acharam a imagem de Santo Antônio dentro do mato. Levada para a igreja de Fagundes, a imagem foi alvo da curiosidade pública até tarde da noite. Na manhã seguinte um sacristão confirmou que o lugar reservado ao santo estava vazio. Voltaram lá na serra e acharam a imagem no mesmo lugar de onde a haviam retirado. Isto aconteceu três vezes. Dizia-se que, à noite, a imagem se ia sozinha para o local onde foi achada.
Em 1904, foi construída uma igrejinha no lugar, com uma estátua de Santo Antônio. A partir daí, começaram as romarias que ocorrem até os dias de hoje. A cada ano, é cada vez maior o número de fiéis que visitam o templo no mês de junho. Além da festa religiosa, os turistas podem ainda curtir um autêntico forró pé-de-serra, regado, é claro, com muitos pratos típicos.
Por essas e outras crenças que se misturam entre lendas e verdades, a festa de Santo Antônio vem crescendo a cada ano. Fontes da Prefeitura calculam uma participação de cerca de cinco mil fiéis. Os ônibus são contados entre 150 e 200. E as motos e automóveis particulares se multiplicam ano após ano.

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