domingo, 29 de agosto de 2010

ANTÔNIO SILVINO: O CANGACEIRO, O HOMEM, O MITO

Manoel Baptista de Moraes, celebrizado no cangaço como Antônio Silvino, foi o mais famoso antecessor de Virgolino Ferreira, o Lampião, nas guerras da caatinga, no alvorecer do Século XX.
O período de atuação de Silvino vai de 1897 a 1914, quando é ferido em combate com a Polícia e, posteriormente, preso.
O livro Antônio Silvino: O Cangaceiro, O Homem, O Mito refere-se a algo inédito na historiografia nacional. De efeito, são poucos os títulos que cuidam da sua vida, e quando o fazem, a contam de forma exagerada e sem caráter científico. Em verdade, os melhores livros sobre a atribulada vida do cangaceiro foram escritos tendo como fonte quase única, folhetos de “literatura de cordel”.
O livro foi iniciado em 2002. De acordo com o autor Sérgio Dantas, foi concebido dentro dos mais rígidos critérios de pesquisa histórica. A busca de informações e dados para a composição do texto final, foi realizada em três vertentes: A primeira, através de pesquisas em jornais, em “Arquivos Públicos” da Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte. A segunda, a partir da análise de documentos governamentais e comunicações entre Chefes de Polícia dos três Estados citados acima; e a terceira, por fim, utilizando-se de depoimentos de pessoas que tiveram conhecimento de alguns fatos relevantes em torno da polêmica personagem.
O livro – escrito não somente para estudiosos do tema, mas igualmente para leigos – pode ser dividido em três partes distintas, as quais refletem três diferentes fases do cangaceiro.
Importante, também, é o registro de encontros do cangaceiro – após seu aprisionamento – com intelectuais de expressão, como o potiguar Câmara Cascudo, o cearense Leonardo Mota, os pernambucanos Nilo Pereira e Jayme Griz, além do alagoano Graciliano Ramos e do líder comunista Gregório Bezerra, com quem o cangaceiro travou profunda amizade na Casa de Detenção do Recife.
A narrativa é finalizada com a descrição da morte do cangaceiro e seu funeral, repleto de populares, admiradores e curiosos, na cidade de Campina Grande, em 1944.

Publicado no Diário da Borborema:
http://www.diariodaborborema.com.br/2010/08/01/cotidiano2_0.php

Serviço:
 Nádia Andrade, bisneta do cangaceiro, com a família, exibindo uma foto de Silvino: orgulho do parentesco. 
Foto: Katharine Nóbrega/Esp. DB/D.A Press

ANTÔNIO SILVINO: O CANGACEIRO, O HOMEM, O MITO
Sérgio Augusto de Souza Dantas
Lançamento no dia 09 de novembro, ás 19h, na Livraria Siciliano, Shopping Midway
Mall, Natal - RN.
Editora Cartgraf
Preço: 35 reais

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